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Primeira iniciativa de emprego transfronteiriça foi mais espanhola que portuguesa

Ter, 01/07/2014 -

Primeira iniciativa de emprego transfronteiriça foi mais espanhola que portuguesa

Tui, 01/07/2014.- Nos stands da primeira feira transfronteiriça de emprego realizada esta terça-feira, em Tui, na Galiza, ouviu-se mais o castelhano do que o português. O primeiro “Job Days” foi dedicado ao sector metalomecânico e as dezasseis empresas presentes disponibilizaram um total de 49 vagas.

Vítor Cruz e Carlos Ferreira vieram de Viana de Castelo. “Se tiver que mudar de país, mudo”, explica Carlos Ferreira. Desempregado há cerca de dois anos, “não acredita muito”. Já Vítor fez duas entrevistas e procura emprego na área da soldadura. Num dos seus contactos, descobriu uma empresa espanhola que actua na zona de Valença. “Não falámos em condições uma vez que não há nada definido”, conta.

A fraca adesão de portugueses à feira deve-se, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do distrito de Viana do Castelo, aos salários baixos. "As propostas que nos chegaram, através de alguns trabalhadores que tentaram a sua sorte, assentam em salários baixos que não compensam a deslocação e saída de Viana já que as vagas a preencher são de um e de outro lado da eurorregião” disse à Lusa, Branco Viana, coordenador da estrutura sindical local.

Nesta feira de emprego, a maior parte dos contactos eram informais. Eventuais propostas de emprego só depois. Apesar do dia ser centrado num sector, quase todos os presentes na feira não perdiam pitada de qualquer oferta de emprego. Mas, do outro lado, vinha, muitas vezes, a rejeição.

Adriana Feliz, psicóloga organizacional de uma das sete empresas portuguesas presentes, é responsável pelas entrevistas. "Mesmo que não tenhamos, de momento, oferta para determinada área ficamos com o currículo registado na nossa base de dados”, explica. Além do contacto com os interessados, a responsável destaca ainda as outras possibilidades de sinergias: “Estas feiras, para além do recrutamento, promove um conjunto de contactos com outras empresas”.

José Brito, sócio-gerente de uma empresa de ferragens, vê estas feiras como uma uma “forma de dinamizar a economia”. Procura um perfil específico: “A parte académica é importante, assim como a capacidade de relacionar-se com as pessoas, ter conhecimento de mercado e do sector”, explica o responsável que acrescenta que “o primeiro ano terá de ser de experiência para testar as capacidades”.

O número de candidatos na primeira edição desta iniciativa ultrapassou as duas centenas. O evento resultou de uma parceria entre a Rede Europeia de Emprego, a Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal, a Associación de Industriales Metalúrgicos de Galicia e a Eurocidade Tui-Valença, tendo já novas edições preparadas.

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